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Je pensais que mon coeur échappé du naufrage
Há 15 anos
4 de setembro 2005
«O Jogador» foi publicado em 1866, ano em que saiu também «Crime e Castigo», volume que inaugurou esta colecção das obras de Fiódor Dostoiévski, sendo também a primeira a ser traduzida directamente do russo. Passado na Alemanha, num ambiente de casinos, Aleksei Ivánovitch destaca-se como figura principal - um jovem com um forte sentido crítico em relação ao mundo que o rodeia, mas carente de objectivos, que descobre em si a paixão compulsiva pelo jogo. Dostoiévski expõe as personagens nas suas motivações mais íntimas, com humor e ironia, criando uma obra simultaneamente viva e profunda, na melhor tradição dostoievskiana. O fascínio torturado dos jogadores adequa-se genialmente ao tratamento de temas caros ao autor, e ainda o descontrolo e o desespero, as paixões que raiam a loucura e a solidão sem perspectivas, além de uma análise social impiedosa, por vezes satírica. O Jogador, uma das obras mais lidas deste autor, tem muito da experiência do próprio Fiódor Dostoiévski, que também foi um jogador compulsivo durante vários anos.
"O Mundo a Seus Pés" de Orson Welles, revela a fascinante história de um magnata cuja grande paixão é o jornalismo e conquistar o amor de todos os que o rodeiam. Com o mundo a seus pés, ele consegue tudo o que o dinheiro pode comprar mas não o amor que parece não saber conservar, terminando na mais completa solidão. Um filme que quebrou com todas as regras do cinema e que introduziu outras completamente inéditas, dando-lhe uma força, que não deixa o espectador indiferente e que lhe conquistou um lugar de topo no mundo do cinema.
Infelizmente, acabaram as provas de natação destes JO. O mundo inteiro viu as feitos inéditos alcançados por Michael Phelps.
Nelson Fortes, recordista nacional do lançamento do peso, teve hoje a sua (brilhante) participação nestes JO. Foi por uma unha negra que este atleta não ganhou a primeira olímpica medalha para Portugal. Conseguiu um espantoso 38º lugar!
Último filme do mestre italiano Valerio Zurlini, o "poeta da melancolia". Baseado no livro homónimo de Dino Buzzati. Versão restaurada e remasterizada, com muitos extras, incluindo entrevistas e especiais. No meio do deserto, abrigado num forte, um grupo de soldados espera por um inimigo que nunca chega. Dias e anos passam despercebidamente, sem que absolutamente nada aconteça. No posto de sentinela, um soldado (Jacques Perrin) observa a linha do horizonte. Aquele forte representa uma prisão espiritual da qual ele se quer livrar, onde se sente asfixiado pela paisagem e pelos rituais impostos pela hierarquia. Este é o último filme de Zurlini e foi adaptado do romance homónimo de Dino Buzzati.